segunda-feira, 12 de abril de 2010

IX. Abstracionismo

De um modo bem amplo, a palavra abstracionismo pode ser aplicada a qualquer obra de arte que não faça uma representação imediata dos objetos. O artista abstracionista usa cores, linhas e manchas para criar formas indefinidas, não copiando a realidade.
O pintor russo Wassily Kandinsky é considerado o iniciador da pintura abstrata.
O abstracionismo dominou a pintura moderna e se diversificou em duas tendências: o abstracionismo informal e o abstracionismo geométrico.
O abstracionismo informal expressa os sentimentos e as ideias do artista, e este, com total liberdade de expressão, utiliza cores e formas de maneira espontânea.
No abstracionismo geométrico as formas as cores são organizadas e a base da composição são linhas e figuras geométricas. Malevitch e Piet Mondrian são alguns dos representantes desse estilo.
No Brasil, esse movimento manifestou-se principalmente no trabalho de alguns artistas japoneses. Os mais conhecidos desse grupo são Manabu Mabe e Tomie Ohtake.
Muitos outros pintores brasileiros ligaram-se ao informalismo. Dentre eles, podemos citar Iberê Camargo, Wega Nery e Henrique Boese.

domingo, 11 de abril de 2010

VIII.Neoimpressionismo

Em 1886, realizou-se a última exposição coletiva do grupo de artistas impressionistas.
Dessa exposição participaram dois pintores que dariam uma nova tendência ao movimento Georges Seurat e Paul Signac.
Basicamente, o trabalho desses dois artistas aprofundou as pesquisas que os impressionistas realizavam quanto a percepção óptica. Seurat acabou reduzindo as pinceladas a um sistema de pontos uniformes que, no conjunto, davam ao observador a percepção de uma cena.
As figuras, na tela, eram representadas em minúsculos fragmentos ou pontos, cabendo ao observador percebê-las como um todo plenamente organizado. Por essa razão, a técnica foi chamada de Pontilhismo ou Divisionismo.
 Esta técnica baseia-se na lei das cores complementares, avanço científico impulsionado no século XIX, pelo químico Michel Chevreul. Trata-se de uma consequência extrema dos supostos ensinamentos dos impressionistas, segundo os quais as cores deviam ser justapostas e não mescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas.
No Brasil, diversos artistas atuantes no período da Primeira República (1889-1930), empregaram procedimentos divisionistas, especialmente em suas paisagens e pinturas decorativas. Entre outros podemos destacar, Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland, Artur Timóteo da Costa e Guttmann Bicho. O painel central do teto do foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é um exemplo de pintura decorativa onde Eliseu Visconti empregou vários estilos e procedimentos artísticos, inclusive o pontilhismo.





VII. Impressionismo

No século XIX, surge na pintura européia, um movimento artístico que não se preocuparia mais com os preceitos do Realismo ou da academia: o Impressionismo. A princípio, esse nome teve um cunho pejorativo. Foi um rótulo colocado ao trabalho de um grupo de artistas que, de acordo com os críticos da época, acreditavam na impressão do momento como algo tão importante que se bastava por si mesma, dispensando as técnicas tradicionais acadêmicas. Esses artistas realizaram inúmeras exposições em Paris entre 1874 e 1886, porém, sua aceitação pelo público foi lenta e sofrida, pela incompreensão ao trabalho realizado.
Ridicularizados inicialmente pela crítica por não seguirem a tradição pictórica que vinha sendo solidificada desde o renascimento, acabaram por, paulatinamente, obter o respeito e aceitação de suas “novas técnicas“ por parte do público. A impressão que um objeto causava ao artista deveria ser captada pelas pinceladas. Os objetos retratados seriam aqueles percebidos pela visão como paisagens, retratos, cenas do cotidiano.
Duas influências foram fundamentais para o movimento: as estampas japonesas que se popularizam na Europa no final do Século XIX, com seu desrespeito à perspectiva e às normas de composição da academia ocidental e a invenção da fotografia.
A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornaram-se o principal elemento da pintura. Os impressionistas buscavam retratar em suas obras os efeitos da luz do sol sobre a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto, era dada na capacidade da luz solar em modificar todas as cores de um ambiente, explorando os contrastes e a claridade das cores, resplandecendo a ideia de felicidade e harmonia. As figuras não deveriam ter contornos nítidos e o preto jamais poderia ser utilizado; até as sombras deveriam ser luminosas e coloridas.
Os principais artistas impressionistas foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley, Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt, Boudin e Morisot.
No Brasil, o representante máximo do impressionismo foi Eliseu Visconti, o qual teve contato com a obra dos impressionistas e soube transformar as características do movimento conforme a cor e a atmosfera luminosa do nosso país.





sábado, 3 de abril de 2010

Falando em Arte...Cinema




Nomeamos cinema a arte de projetar imagens para criar a impressão de movimento. As obras cinematográficas (mais conhecidas como filmes) são produzidas através da gravação de imagens do mundo com câmeras, ou pela criação de imagens utilizando técnicas de animação ou efeitos visuais.

Os filmes são feitos de uma série de imagens individuais chamadas fotogramas. Quando essas imagens são projetadas de forma rápida e sucessiva, o espectador tem a ilusão de que está ocorrendo movimento. A cintilação entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido como persistência da visão, pelo qual o olho humano retém uma imagem durante uma fração de segundo após a fonte ter sido removida. Os espectadores têm a ilusão de movimento devido a um efeito psicológico chamado movimento beta. Os elementos visuais dão aos filmes um poder de comunicação universal. Alguns filmes se tornaram mundialmente populares ao usarem técnicas de dublagem ou legendas, que traduzem o diálogo.

Tudo começa com a invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. Em 28 de dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris, eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham quinze metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo. Apesar de também existirem registros de projeções um pouco anteriores a outros inventores (como os irmãos Skladanowski na Alemanha), a sessão dos Lumiére é aceita pela maciça maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de vários países.
Nesta mesma época, um mágico ilusionista chamado Georges Méliès, que comandava um teatro nas vizinhanças do local da primeira exibição mencionada, quis comprar um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus números de mágica. No entanto, os Lumière não quiseram vender-lhe, e o pai dos irmãos inventores chegou a dizer a Meliès que o aparelho tinha finalidade científica e que o mágico teria prejuízo, se gastasse dinheiro com a máquina, para fazer entretenimento. Meliès conseguiu um aparelho semelhante, depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande produtor de filmes de ficção, com narrativas, voltados para o entretenimento. Em suas experimentações, o mágico descobriu vários truques que resultaram nos primeiros efeitos especiais da história do cinema. Foi o responsável, portanto, pela inserção da fantasia na realização de filmes.

Logo depois, nas duas primeiras décadas do século XX, o diretor David W. Griffith, um dos pioneiros de Hollywood, realizou filmes que fizeram com que ele fosse considerado pela historiografia cinematográfica o grande responsável pelo desenvolvimento e pela consolidação da linguagem do cinema, como arte independente, apesar das polêmicas ideológicas em que se envolveu. Ele foi o primeiro a criar filmes em que a montagem e os movimentos de câmera eram empregados com maestria e, com isso, estabeleceu os parâmetros do fazer cinematográfico dali em diante.

Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o Cinema é uma arte que geralmente se denomina a sétima arte, desde a publicação do Manifesto das Sete Artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Dentro do Cinema existem duas grandes correntes: o cinema de ficção e o cinema documental.

Como registro de imagens e som em comunicação, o Cinema também é uma mídia. A indústria cinematográfica se transformou em um negócio importante em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente o maior produtor em número de filmes por ano e o que possui a maior economia cinematográfica, tanto em seu mercado interno quanto no volume de exportação.

A projeção de imagens estáticas em sequência para criar a ilusão de movimento deve ser de no minimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, para que o cérebro humano não detecte que são, na verdade, imagens isoladas. Desde 1929, juntamente com a universalização do cinema sonoro, as projeções cinematográficas no mundo inteiro foram padronizadas em 24 quadros por segundo.


Vejamos algumas expressões usadas em cinema.

Cena: é a menor unidade de um filme com significado completo.

Corte: acontece um corte, quando há descontinuidade da imagem mostrada na tela, correspondendo a uma mudança de planos, possivelmente com enquadramento e angulação diferentes. O trabalho de montagem de um filme consiste em recortar as gravações e colar, em seguida, as partes selecionadas, em uma ordem determinada, dando ao filme sua versão definitiva.

Enquadramento: é a ação de selecionar determinada porção do cenário para figurar na tela. Assim, a depender do enquadramento, uma paisagem pode aparecer com mais céu, mais árvores, mais água. Uma pessoa pode aparecer inteira na tela, ou pode-se optar por mostrar apenas seu rosto.

Fotograma: é cada uma das imagens fotográficas estáticas captadas pelo equipamento de filmagem, as quais, projetadas em uma certa velocidade, produzem a ilusão de movimento aos olhos humanos. Para que haja o efeito de movimento, é necessário que as imagens sejam capturadas e, depois, exibidas à velocidade de 24 fotogramas por segundo. Isso acontece, porque nosso olho não é capaz de ver o que se passa dentro de um intervalo menor que a vigésima quarta parte de um segundo.

Fade-in: é a gradativa aparição da imagem, a partir da tela escura, em oposição ao fade-out.

Fade-out: é o gradativo escurecimento da imagem, até o preto total, em oposição ao fade-in.

Fusão: consiste na passagem gradativa, com sobreposição, de uma imagem para outra. Por exemplo, ao sobrepor a imagem de um homem à estátua de um leão, fazendo uso da fusão, pode-se sugerir uma característica do personagem, a depender do contexto: forte, bravo, violento, poderoso etc.

Plano: é o intervalo que há entre dois cortes.

Sequência: é um conjunto de cenas sem cortes que formam uma grande subdivisão da narrativa fílmica, com uma relativa unidade interna. Um filme convencional é formado por algumas poucas seqüências, cada uma compreendendo uma etapa mais ou menos separada das outras pelos acontecimentos que desenvolve.

Tomada: é cada captura feita de uma determinada parte do filme, com o objetivo de se chegar àquela mais perfeita. A mesma parte pode ser encenada e registrada repetidas vezes, para que seja possível selecionar a melhor, a que será, enfim, utilizada na versão que vai às telas.

Falando em Arte...Brasões Medievais

Uma tradição europeia medieval, o brasão é um desenho especificamente criado com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, clãs, corporações, cidades, regiões e nações.
O desenho de um brasão é normalmente colocado num suporte em forma de escudo que representa a arma de defesa usada pelos guerreiros medievais. No entanto, o desenho pode ser representado sobre outros suportes, como bandeiras, vestuário, elementos arquitetônicos, mobiliário, objectos pessoais, etc.. Era, também, comum, sobretudo nos séculos XIV e XV, os brasões serem pintados ou cosidos sobre as cotas de malha, o vestuário de proteção usado pelo homens de armas. Por isso, os brasões também são, ocasionalmente, designados por cotas de armas.

O campo de estudo dos brasões denomina-se heráldica. Os brasões não eram fornecidos ao acaso para as pessoas. Tiveram as suas origens em atos de coragem e bravura efetuados por grandes cavaleiros. Era uma maneira de os homenagear e às suas famílias. Com o passar do tempo, como era um ícone de status, passou a ser conferido a famílias nobres no intuito de identificar o grau social delas, assim sendo, somente os heróis ou a nobreza possuíam tal ícone e o poderiam transmitir a seus descendentes.

A partir do século XIX, com a ascensão ao poder da Burguesia e o declínio da Aristocracia, o brasão foi perdendo a sua importância. No século XX o brasão renasceu, mas, desta vez, aplicado na simbologia de municípios, corporações, estados e outras entidades colectivas.

Atualmente os brasões são muito freqüentes e fáceis de encontrar. Cada município ou região tem o seu, assim como a sua bandeira, onde figura o brasão, motivo de orgulho para muitos dos habitantes. Várias coletividades e Clubes Esportivos também adotaram como símbolo um brasão que os identifique.

Os brasões podem ser classificados em classes ou segundo a categoria da entidade que representam:

Assim, temos:

1. Brasões simples: representam uma única entidade;

2. Brasões compostos: combinam dois ou mais brasões, cada qual representando uma entidade diferente.

3. Brasões de soberania: representam um monarca ou um estado soberano;

4. Brasões de titulares: representam o titular de um cargo ou de uma honra;

5. Brasões de família: representam, em sentido restrito, o chefe de uma família e, em sentido lato, o conjunto da família;

6. Brasões eclesiásticos: representam um titular eclesiástico ou uma entidade colectiva religiosa;

7. Brasões corporativos: representam uma entidade colectiva moral, tanto civil como militar;

8. Brasões de domínio: representam uma entidade territorial não soberana.;

Um brasão é constituído por um escudo que contém o desenho fundamental e por elementos exteriores.

São eles:

1. Grito de guerra ou grito de armas: é uma palavra ou frase curta (interjeição) de incentivo ao combate ou à ação. Normalmente, é colocado num listel, sobre o conjunto das armas;

2. Timbre: representa os emblemas que os cavaleiros colocavam no topo dos seus elmos, para serem identificados nos torneios. O timbre é colocado sobre o virol e, ao contrário das figuras inseridas no escudo, pode ser figurado de forma naturalista;

3. Coroa ou Coronel: representa a categoria da entidade representada pelo brasão. É chamada de coroa, se corresponde a uma entidade com soberania e coronel, nos restantes casos. Conforme o país ou a representação artística do brasão, a coroa ou coronel pode figurar sobre o elmo, sobre o pavilhão ou manto, ou, directamente sobre o escudo;

4. Virol: é a reprodução da fita que amarrava o timbre ao elmo. Representa-se com duas cordas entrelaçadas, uma da cor do metal principal do escudo e a outra da cor do esmalte principal;

5. Elmo: é a reprodução dos elmos dos cavaleiros. Na heráldica de alguns países a cor, o formato e a posição do elmo, indica o estatuto da entidade representada;

6. Paquifes: são a reprodução do tecido que alguns cavaleiros colocavam sobre os elmos, para se protegerem do calor. São, normalmente representados com duas cores, uma a do metal principal do escudo e, a outra, a do esmalte principal;

7. Pavilhão: representa um pavilhão ou tenda de campanha medieval. É, normalmente, representado a envolver o escudo e outros dos seus elementos exteriores, tendo, no seu topo a coroa correspondente à entidade representada;

8. Manto: representa a peça de vestuário homónima, que cobre, simbolicamente um soberano ou alto membro da nobreza. Normalmente, envolve o escudo, tendo, no seu topo, a coroa ou coronel correspondente à entidade representada;

9. Suportes ou Tenentes: são figuras que suportam o escudo. São chamados tenentes se representam seres humanos e suportes, nos restantes casos. Normalmente são representados aos pares, um de cada lado do escudo. Ocasionalmente pode ser representado apenas um, atrás do escudo;

10. Insígnias: representam o cargo que uma pessoa representada pelo brasão detém. É comum representá-los como dois objectos cruzados atrás do escudo;

11. Troféus: são a reprodução de objectos, geralmente armas e bandeiras, para significar feitos militares. São, normalmente colocados atrás do escudo;

12. Condecorações: são a reprodução das insígnias das condecorações que, a entidade representada, detém. São colocadas em colares à volta do escudo, pendentes do mesmo ou, caso sejam cruzes, atrás do escudo, apenas com as pontas aparentes;

13. Divisa: é o lema da entidade representada. É colocado num listel, sob o escudo.

O único elemento obrigatório de um brasão de armas é o seu escudo. Independentemente de terem sido atribuídos elementos exteriores a um brasão, este pode ser representado apenas pelo seu escudo, ou até, pelo desenho incluído no escudo, colocado sobre outro tipo de suporte. Principais formatos de escudos.



O escudo, ou seja, o suporte material básico do brasão de armas, foi sendo representado, conforme a época e o local, com diversos formatos, alguns deles bastantes fantásticos e rebuscados. Os principais são os seguintes:

1. Escudo clássico, ogival ou lanceolado: tem a ponta inferior em forma de lança ou ogiva. Sendo um dos mais antigos formatos de escudo, no século XX voltou a ser o tipo mais usado na Europa e nos países de influência europeia;

2. Escudo francês, quadrado ou samnítico: tem um formato, aproximadamente quadrado, mas com os dois cantos inferiores arredondados e com uma pequena ponta na base. Introduzido, primeiro, em França, este formato de escudo tornou-se o tipo mais usado na Europa e nos países de influência europeia, durante o século XIX;

3. Escudo oval: tem um formato oval. Com utilização generalizada durante o século XVIII, tornou-se, na heráldica portuguesa, o formato de escudo privativo do clero. Em outros países é o formato privativo dos escudos femininos;

4. Lisonja: tem um formato em paralelogramo, com os quatro lados iguais. Na heráldica portuguesa e da maioria dos países europeus é o formato de escudo privativo das senhoras que não sejam titulares ou chefes de família. Na Catalunha e em outros territórios da antiga Coroa de Aragão é o formato de escudo de utilização generalizada;

5. Escudo de torneio ou de bandeira: é um quadrilátero como sete partes de largura por oito de altura. Era o formato do escudo físico, utilizado pelos cavaleiros nos torneios medievais;

6. Escudo italiano ou de cabeça de cavalo: tem o formato aproximado da parte frontal da cabeça de um cavalo. Utilizado, inicialmente, na Itália, durante o renascimento, este tipo de escudo baseava-se no formato das peças de armadura que protegiam a parte frontal da cabeça dos cavalos de batalha;

7. Escudo suíço: de formato semelhante ao do escudo clássico, mas com a parte superior recortada;

8. Escudo inglês: de formato semelhante ao do escudo francês, mas com uma "orelha" triangular em cada um dos bordos superiores. Este formato de escudo foi usado no século XVIII pelos nobres da Inglaterra, distinguindo-se dos escudos plebeus, pelas "orelhas";


9. Escudo alemão: escudo de ponta arredondada ou ogival, com um recorte redondo num dos cantos superiores. Formato de escudo usado em torneiros pelos cavaleiros renascentistas, servindo o recorte superior para apoiar a lança;

10. Escudo polaco ou russo: escudo de ponta arredondada, com recortes arredondados simétricos nas laterais e, geralmente, também na parte superior;

11. Escudo português, espanhol, flamengo, ibérico, peninsular ou boleado: escudo com a ponta redonda. Actualmente é o escudo de uso dominante em Portugal. Também é bastante utilizado na Espanha, Brasil, Alemanha e Países Baixos;

12. Escudo brasileiro: escudo arredondado de três pontas. Muito usado por times de futebol.


V.Arte na Idade Média

Arte na Idade Média

Durante a Idade Média a arte esteve predominantemente comprometida com o projeto de difusão e propaganda do Cristianismo europeu. Durante este período, visto que a vasta maioria dos camponeses era iletrada, as artes visuais eram o principal método para comunicar as idéias religiosas aos fiéis, juntamente da apresentação de sermões. A Igreja Católica era uma das poucas instituições ricas o suficiente para remunerar a obra dos artistas, e portanto a maior parte das obras eram de natureza religiosa.

Desde a queda do Império Romano, muitas das técnicas artísticas desenvolvidas na Grécia Antiga foram perdidas, o que levou a pintura medieval a ser predominantemente bidimensional. Como não havia nenhuma noção de perspectiva na produção artística do período, as personagens retratadas eram pintadas maiores ou menores de acordo com sua importância e seu simbolismo e não de acordo com sua posição relativa à tela e ao olho do observador. Ao lado da pintura, a tapeçaria era a mais importante forma de arte medieval: as peças de tapeçaria eram elementos necessários para manter o calor interno dos castelos no inverno. A mais famosa tapeçaria medieval é o ciclo conhecido como A senhora e o unicórnio.

As duas principais manifestações arquitetônicas eram o românico (até meados do século XII) e o gótico (de meados do século XII em diante). Apesar de ambas serem normalmente associadas a diferentes períodos históricos, elas nunca deixaram de ser construídas e eventualmente manifestavam-se paralelamente. Destacam-se também a utilização de mandalas, de iluminuras e a formação das corporações de ofícios, especialmente durante o período do Renascimento comercial, reunindo artesãos que detinham o monopólio do conhecimento prático de determinado assunto.

A maioria dos artistas medievais eram anônimos e o trabalho coletivo era bastante comum.