quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

II. A Arte no Egito Antigo

Bastante complexa em sua organização social e muito rica em suas realizações culturais a civilização egípcia estava intimamente ligada a religião. Eles acreditavam numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. Por esse motivo a arte egípcia concretizou-se, desde o início, nos túmulos, nas estatuetas e nos vasos deixados junto aos mortos.
A sociedade egípcia possuía uma estrutura bem definida. De um lado estavam os faraós cercados por nobres e sacerdotes. De outro, os comerciantes, artesãos e camponeses. E numa situação marginalizada, estavam os escravos, parte significativa da população.
Os egípcios foram arquitetos notáveis. Eles construíram templos, túmulos, palácios, obeliscos, avenidas, esfinges, colunas e monumentos. Os templos eram construídos para abrigar os deuses. Em seus interiores eram encontradas representações de cenas de rituais funerários e estátuas de deuses. Além dos templos, ganharam destaque os obeliscos, que eram monumentos em forma de agulha, feitos de um único bloco de granito. A base quadrada ganha altura e termina em ponta de quatro faces. Nas faces dos obeliscos e dos templos, aparecem incisões da escrita sagrada egípcia - os hieróglifos. As esfinges eram imponentes construções. Possuíam o rosto do faraó e o corpo do leão.A arte egípcia serviu de veículo para a difusão dos preceitos e crenças religiosas. Ela era muito padronizada e não possibilitava que houvesse uma interpretação pessoal. Os artistas egípcios froram criadores de uma arte anônima, pois a obra deveria revelar o domínio da técnica de execução e não o estilo do artista.
Na pintura e nos baixos relevos haviam muitas regras, dentre elas a lei da frontalidade. Essa lei determina que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, pernas e pés fossem representados de perfil. Nas figuras humanas os olhos aparecem alargados como se contemplassem algo de perfil, porém, o contorno fechado, como se estivessem olhando de frente.
As pinturas representavam cenas de caça e pesca, festas com músicos e bailarinos, trabalhos agrícolas nas diferentes estações do ano e opulentos rituais. A figura do chefe era maior que as figuras dos demais para representar sua autoridade.
A escultura egípcia desenvolveu uma expressividade que surpreende o observador.
A estátua revela dados particulares do retratado. Um bom exemplo disso é a imagem de um escriba, representado no gesto típico de sua função. Os faraós acreditavam na imortalidade através da imagem. Assim, faraós, escribas, funcionários do Estado, sacerdotes e deuses foram esculpidos de formas monumentais. O escultor egípcio tinha o dever de "manter viva", por meio de seus trabalhos, a figura a ele requisitada.
As estátuas eram feitas de granito, bronze, ouro, cobre e madeira.
A escrita egípcia era feita em papiro - planta que com a casca se faziam cestos, esteiras e até tangas para os menos favorecidos. Arrancando-se a casca, o papiro era transformado em folhas para escrever. As letras do alfabeto, os hieróglifos(escrita sagrada), foi um sistema de escrita feita através de imagens. Eles utilizavam centenas de sinais. Um desenho podia representar uma ou mais letras ou até uma palavra.
Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco. O Egito foi invadido sucessivamente pelos etíopes, persas, gregos e romanos. Essa invasões foram aos poucos desorganizando a sociedade egípcia e sua arte foi perdendo suas características e refletindo a própria crise política do Império.



Ilustrações para colorir:
































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